REFERÊNCIA
MAGALHÃES, Terezinha da Glória. Jerônimo Gombé e Santo Amaro de Ipitanga. Salvador, setembro, 2007.
Jornal da Cidade, Lauro de Freitas, 2011.
quinta-feira, 22 de março de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
RELATO DE UM MORADOR ANTIGO
Nome: Valter Brito da Luz
Idade: 72 anos
Seu Valter |
Idade: 72 anos
Seu Valter, morador antigo do bairro de Itinga, hoje morador do Centro de Lauro de Freitas, conta com muita emoção de como era o bairro antigamente.
Neto de Romualdo de Brito, seu Valter se orgulha em saber que a rua do centro do município, bem próxima de onde mora, leva o mesmo nome do seu avô com a finalidade de homenageá-lo. Seu Valter conta ainda que, o seu bisavô, Paulo de Brito, era dono de uma senzala localizada no bairro de Quingoma em Lauro de Freitas.
Seu Valter diz com muito orgulho que é "filho" de Santo Amaro de Ipitanga (atual Lauro de Freitas). Segundo ele, antigamente só se via mato e brejo e poucas pessoas moravam na região. Ele lembra: "As dificuldades eram muitas, não havia luz elétrica, água encanada e nem tão pouco transporte urbano e as pessoas viviam do que pescavam e plantavam".
Seu Valter diz com muito orgulho que é "filho" de Santo Amaro de Ipitanga (atual Lauro de Freitas). Segundo ele, antigamente só se via mato e brejo e poucas pessoas moravam na região. Ele lembra: "As dificuldades eram muitas, não havia luz elétrica, água encanada e nem tão pouco transporte urbano e as pessoas viviam do que pescavam e plantavam".
Perguntando a seu valter sobre o que mais sentia falta dos tempos de antigamente, ele respondeu que era da tranquilidade, "naquela época, a gente dormia de porta aberta, o único perigo era as cobras cascavel, e ninguém bulia com ninguém".
Perguntando a seu valter sobre o que mais sentia falta dos tempos de antigamente, ele respondeu que era da tranquilidade, "naquela época, a gente dormia de porta aberta, o único perigo era as cobras cascavel, e ninguém bulia com ninguém".
Seu Valter sempre foi muito boêmio, gostava muito de cantar nas noites. Recorda com muitas saudades do carnaval de antigamente que acontecia em Santo Amaro de Ipitanga. Com 16 anos, aproximadamente, ele lembra que as pessoas naquela época, chamavam o carnaval de “cordão” e era muito divertido. Ele conta que todos faziam questão de colocar sua fantasia.
Cantando lindas melodias |
No final da década de 80, aproximadamente, as coisas ainda eram bem difíceis, o transporte público no município não existia e as pessoas tinham que se deslocar andando até São Cristóvão para pegar um ônibus depois de muito sufoco. Lembra. Por fim, seu Valter fala que, com as mudanças ao longo do tempo, tudo ficou mais fácil e convida a todos para conhecerem Lauro de Freitas.
LARGO DO CARANGUEJO
O CARANGUEJO
No ano de 1972, vindo do bairro Nordeste de Amaralina em salvador, chegou a Itinga um senhor chamado Antônio Pereira Santos.
Quem nunca ouviu falar do famoso Largo do Caranguejo? Ou quem nunca ouviu dizer também que, a praça principal vista do alto parece um caranguejo?
O largo recebeu este nome devido à prática profissional de seu Antônio, que para tirar o sustento de sua família vendia em barracas, localizada a onde hoje se encontra um prédio comercial em frente a Clínica Clisana, diversas mercadorias entre arros, farinha, carne seca e o mais crustáceo mais famoso de Lauro de Freitas, o caranguejo.
Seu Antônio passou a se chamar Antônio do Caranguejo ou simplismente "Seu Caranguejo", porque a sua barraca se encontrava em um lugar estratégico, local em que as principais vias do bairro se encontravam e logo ganhou fama.
Quando as pessoas queria marcar algum encontro e não sabiam dar referência, então logo dizia no "Caranguejo". Daí então veio o nome do largo e assim também uma maneira de homenagear o mais ilustre morador.
Pai de 11 filhos, aproximadamente 20 netos e cinco bisnetos, seu "Caranguejo" faleceu em 6 de junho de 2011 aos 81 anos de idade, mais deixou um legado de suma importância para sua família e a comunidade de Itinga.
LAVAGEM DO CARANGUEJO: 27 ANOS DE MUITA ALEGRIA
Acontece nos dias 25, 26 e 27 de novembro a lavagem do Largo do Caranguejo. O festejo inicia com o cortejo das baianas e a tradicional lavagem das escadarias da praça. Duarante os três dias de festa, a animação e a alegria dos foliões contagiam todos que estão presentes.
A lavagem teve inicio em 1983, quando Antônio Pereira Santos e outros moradores, se uniram e fundaram o bloco de carnaval Afro Nagazumbi. Por questões financeiras,não foi possível colocar o bloco na rua, então decidiram realizar uma lavagem no largo do caranguejo, ponto de encontro da época.
Arrastão |
"A programação da Lavagem do Caranguejo foi encerrada na noite deste domingo (27.11.2011) com show de Jau, que reuniu milhares de foliões nas ruas de Itinga".
segunda-feira, 19 de março de 2012
O SURGIMENTO DO BAIRRO
índios Tupinambás |
A área da Itinga tem pelo menos mais de dois séculos e meio com esse nome, o mesmo dado anteriormente pelos índios Tupinambás que aqui habitavam antes da chegada dos portugueses, sendo, portanto os primeiros habitantes. Localizado a cinco quilômetros do centro de Lauro de Freitas, a palavra Itinga é de origem Tupi que significa "água branca", junção dos termos "Y" (água) e "ting" (branco), é considerado o mais populoso do município, que hoje possui cerca de 80 mil habitantes, mais da metade da população da cidade.
Casa de Torre |
Tudo começou por por volta do século XVI, quando Garcia d’Ávila recebeu de Tomé de Souza em 1552, lotes de terra no litoral baiano. Nessa localidade foi instalada uma missão jesuíta que deu origem a freguesia de Santo Amaro de Ipitanga, isso aconteceu em 1758, com o apoio da familia d’Ávila proprietário da Casa de Torre, também referida como Castelo de Garcia D`Ávila.
Em alvenaria de pedra e cal, tinha a função de vigiar o sertão por um lado, resistindo aos ataques dos indígenas revoltados e o mar pelo outro, resistindo aos corsários que então procediam no litoral.
A revolta dos índios Tupinambás estava associado ao desejo dos portugueses em "organizar" os índios e trazê-los para a fé cristã. Reconhecendo as sérias dificuldades em "converter" os tupinambás ao cristianismo católico, e com a resistência dos índios quanto a exploração de força de trabalho e a imposição dos costumes, os portugueses sentiram a necessidade de buscar novas alternativas de força de trabalho para os engenhos, optando assim por trazer negros de várias partes do continente Africano, afim de utilizar da sua força de trabalho através da escravidão.
Durante o século XX, existiu na região da Itinga, uma fazenda conhecida como “Jaqueira”. Essa fazenda foi herança de família pertencente ao Senhor Da Hora e seu irmão Antônio Pedro, dividida e explorada pelos tios, filhos, netos, bisnetos e tataranetos, e em parte também pertenciam o exército.
Os donos da fazenda viram a mudança da região, que na época era uma mata com trilhas onde as pessoas faziam o caminho de São Cristovão até Itinga. Os moradores atravessavam o rio por uma ponte feita de poste de ferro, onde as mulheres lavavam roupas, carregavam água para beber e cozinhar.
Os donos da fazenda viram a mudança da região, que na época era uma mata com trilhas onde as pessoas faziam o caminho de São Cristovão até Itinga. Os moradores atravessavam o rio por uma ponte feita de poste de ferro, onde as mulheres lavavam roupas, carregavam água para beber e cozinhar.
Em 1940, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, com o início da construção da Base Aérea e do aeroporto, é que se vê alterar mais um pouco o ritmo local, quando o então sub-distrito passa a receber gente vinda de várias partes para trabalhar nas obras. Acabando por serem absorvidas como funcionários da Base Área, aeroporto e da “Malária”, convocada pela própria Base, para erradicar os focos de mosquitos que proliferavam nas águas estagnadas do Rio Ipitanga.
Esse significativo aumento populacional provocaria consequente aumento da necessidade por serviços, desencadeando, na década de 50, o movimento pela Emancipação Municipal, que se consolidaria no início da década seguinte.
Em 1970 foi fundado o bairro de Itinga oficialmente, e tudo começou a crescer, se transformar em loteamentos identificados por pessoas que moravam ou tinham alguma ligação com o local, como, por exemplo, o Largo do Caranguejo. O nome Largo do Caranguejo é um homenagem a um senhor, chamado Antônio Pereira Santos que em 1972 saiu do Nordeste de Amaralina em salvador, e passou a morar em Itinga. Seu Antônio levava uma vida simples e de muito trabalho. Jamais ele poderia imaginar que um dia pudesse se tornar uma das figuras mais conhecidas do bairro.
Em meados da década de setenta, a ponte feita de poste de ferro que servia para os moradores atravessar o rio, onde as mulheres lavavam roupas, carregavam água para beber e cozinhar, foi substituída por uma ponte de madeira o possibilitou a passagem de jipe ou Kombi que levavam as pessoas ate as suas moradas.
Em meados da década de setenta, a ponte feita de poste de ferro que servia para os moradores atravessar o rio, onde as mulheres lavavam roupas, carregavam água para beber e cozinhar, foi substituída por uma ponte de madeira o possibilitou a passagem de jipe ou Kombi que levavam as pessoas ate as suas moradas.
Nesse período os morados perceberam a necessidade de criar um comércio local para maior conforto, deixar de ir para São Cristovão e começar a viver daquilo que a terra produzia. Então, o homem que vendia caranguejo veio morar definitivamente no bairro e investir em mercearia, lanchonete, supermercado, etc.
Senhor Da Hora e seu irmão também contribuíram para o crescimento comercial, vendendo frutas, farinha e outros alimentos originados do sítio; daí, a Itinga começou a ganhar cara de bairro de Lauro de Freitas.
Senhor Da Hora e seu irmão também contribuíram para o crescimento comercial, vendendo frutas, farinha e outros alimentos originados do sítio; daí, a Itinga começou a ganhar cara de bairro de Lauro de Freitas.
ITINGA 2012
Quem nunca ouviu falar do famoso Largo do Caranguejo? |
Acadêmia
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Parquinho |
Parque Santa Rita |
Praça |
Cia de dança Zuart (Colégio Sta. Rita) |
Zambiã (Fuscão) |
Paixão de Cristo |
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